Como foram meus primeiros meses na Holanda?

Oi genteeee!!

Eu estou tão feliz em poder fazer parte desse blog. Me da uma ansiedade louca pra poder contar tudo logo para vocês... Hahhaa #Aloka

Primeiramente queria agradecer a todos vocês pelos comentários do post anterior. Estou me sentindo muito bem vinda e muito honrada em poder inspirar tantas pessoas e mostrar a outras um pouquinho do que vivo aqui na Holanda. Obrigada de coração!

Agora vamos ao que interessa. Ah, não se esqueça da pipoca porque o texto é longo! No post anterior expliquei para vocês o porquê de eu ter vindo morar na Holanda, certo? E agora eu quero dividir com vocês as minhas primeiras impressões na Europa.

Eu sou do Rio de Janeiro, e todo mundo sabe que carioca gosta de tirar onda, falar alto, curtir com os amigos no final de semana, é de regra aquele churrasco em família no Domingo. Os primeiros meses na Holanda, não foram nada parecidos com o que eu estava acostumada. Eu morava numa comunidade do Rio de Janeiro, onde meus familiares moravam todos perto de mim e meus amigos de infância também. Naquele lugar todo mundo conhecia todo mundo.

Mas quando cheguei aqui minha mãe morava fora da cidade e a vizinhança não era muito legal, mas sempre que tinha uma oportunidade eu tentava me comunicar com alguém com aquele meu inglês fraquinho que tinha aprendido na escola no Brasil. Mas as pessoas simplesmente ignoravam porque os holandeses são racistas de pátria, e eu na época só sabia falar uma palavra, que era DANK JE WEL que significa OBRIGADA em português. Eu lembro que esse ano foi o mais difícil para mim, eu parecia uma criança que tinha acabado de nascer e que precisava 24 horas de assistência da mãe para poder me virar. Por conta do frio que estava nesse ano, eu tive ataque de afobia dentro de casa. Porque as janelas ficavam fechadas 24 horas e eu era acostumada a ficar com janelas abertas dentro de casa. Eu me sentia sufocada e começava a chorar dizendo para minha mãe que aquilo não era vida e que eu queria voltar para o Brasil. Que eu não iria conseguir viver num país com - 5°C de temperatura no inverno. E minha mãe sempre me explicando as coisas dizendo que tudo iria melhorar; que iria levar tempo para que eu pudesse me acostumar com o tempo e que a primavera e o verão seriam bem melhores para mim.

Mas quem disse que eu acreditava? Eu fiquei durante 3 meses chorando e falando que iria voltar para o Brasil, e detalhe minhas roupas ficaram esses 3 meses dentro da mala. Pois é gente, foi a pior época da minha vida!

Depois desses 3 meses finalmente eu fui estudar, minha mãe conseguiu uma vaga numa escola pública que ensinava o idioma Holandês para menores de 18 anos. Essa escola era somente para aprender o idioma, nada mais, e foi nessa escola que tudo começou a mudar.

Lá tinha gente de tudo quanto é canto desse mundo. Conheci africanos, indianos, albaneses, paquistaneses, russos, alemães, americanos, ingleses, colombianos e principalmente brasileiros. Depois que eu entrei para essa escola, eu comecei a ver a Holanda com outros olhos, de um modo diferente. Eu comecei a ver que eu não era a única estrangeira no pedaço, eu vi que não era só eu que não conseguia me comunicar com as pessoas do lado de fora. Eu conheci pessoas legais e também não legais, mas graças a Deus eu soube ver quem era meus amigos de verdade e quem não era. E a cada dia que ia para á escola, eu ficava numa felicidade sem tamanho em poder ir sozinha e saber que quando eu chegasse teriam pessoas e assim eu faria minha vida social escolar voltar aos poucos.

Claro que hoje eu já estou mais estável, conheço mais pessoas, mais lugares e como conclusão disso tudo, eu trago uma mensagem que é nunca desista das coisas facilmente mesmo que o início seja o mais doloroso, apenas continue tentando, porque no final Deus irá te surpreender.

Acho que já deu pra vocês terem uma noção de como foi os meus primeiros meses na Holanda. Fique ligado no blog para a continuação do texto e me conte aqui nos comentários, o que talvez, aconteceria com você se estive no meu lugar.

Um grande beijo para vocês e até o próximo post!

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